Cuba: guia completo de Havana e Varadero

PORQUE VISITAR?
A viagem a Cuba surge pela vontade de juntar num destino praia e cultura. Cuba ofereceu-nos isso na perfeição, o País conhecido pelo rum, a criação do famoso mojito, a existência de carros clássicos e dos seus famosos charutos cubanos é tudo isso e muito mais! Quando chegámos deu-nos a sensação que entrámos numa máquina do tempo em que regressámos a décadas atrás. Esta ilha permite-nos sentir o encanto especial da cultura cubana que, sem dúvida, nos deixou surpreendidos e foi uma agradável surpresa, pois não íamos com muita expectativa para a viagem, mas sem criar spoilers, tornou-se numa das mais marcantes e incríveis que fizemos até hoje. 

Decidimos fazer Havana + Varadero em 7 dias, os primeiros 2 dias visitámos Havana e os últimos 5 dias estivemos em Varadero. Havana é a capital de Cuba e nela vão sentir a cultura das mais diversas formas, quer seja através dos seus magníficos edifícios coloniais, pela música presente em todas as ruas da cidade ou através da interação constante com os cubanos que são amáveis, extrovertidos e nos transmitem a história rica deste país da forma mais acolhedora que podem imaginar. Em Varadero é essencialmente viagem de resort, onde vão usufruir de uma praia de areia branca, água cristalina com cor de sonho e temperatura maravilhosa. Cuba é sem dúvida um destino a não perder! 


O QUE SABER ANTES DE IR
Visto turístico
A ilha é uma caixinha de surpresas e vive num ritmo próprio centrado em tradições, que a torna diferente e a deixam "à parte" do resto do mundo. Antes de viajar para Cuba é necessário tratar do visto turístico que custa atualmente 22€ p/pessoa mas pode ter taxas extra. Podem emitir o visto online aqui, de forma presencial ou caso vão por Agência de Viagem a própria irá tratar do mesmo (se esta for a vossa opção, recomendo vivamente o Mercado das Viagens da Maia, que tratou de tudo para que esta viagem fosse incrível - Instagram aqui). Os requisitos para obter o visto são: passaporte válido por pelo menos 6 meses, preencher formulário, bilhetes de ida e volta e pagamento das taxas correspondentes.

A Moeda
A moeda usada pelos Cubanos entre eles é o CUP (peso cubano) mas além de ter um valor reduzido, cada vez menos está em circulação. Nos dias que estivemos em Cuba não tivemos interação com esta moeda, pois para os turistas a moeda utilizada é o peso convertido o CUC. Para ficarem com uma ideia, de momento 1 CUP  = aproximadamente 0,04€, o que aconselho é que vejam a taxa de câmbio antes de viajarem e que em Havana façam a troca do euro para CUP (podem fazer em casas de cambio - a Cadeca ou no Hotel, não recomendo trocarem na rua). Acaba por compensar esta troca, tendo em conta que as taxas de conversão como estão sempre a alterar podem aproveitar-se e pedir um valor superior do que é correto em euro, caso peçam um valor de câmbio alto podem sempre regatear. 


Cultura & Segurança
Em Cuba falasse espanhol mas eles percebem também muito bem o Português, sentimos que foi dos sítios em que tivemos mais facilidade em comunicar até porque, os cubanos nos abordam dezenas de vezes na rua para conversar, dar dicas, conhecer e vão ouvir centenas de vezes a perguntar de onde são, se já fizeram passeio de carro ou de coche, se já comparam charutos, convidar para ir visitar algo, recomendações de restaurantes cubanos e também histórias incríveis da cidade. Eles são bastante educados e apesar de inicialmente haver algum receio ao passar nas ruas de Havana, pois o nosso cérebro leva-nos a pensar que podem ser perigosas, a experiência que tivemos mudou completamente a visão inicial. Não acho Havana nada perigosa e os cubanos nunca nos transpareceram maldade, são insistentes em conhecer e conversar mas caso não queiram falar basta apenas seguirem caminho e dizerem que já fizeram tudo e já lá estão há muitos dias (um truque que usámos no segundo dia), até porque não lhes interessa que Cuba seja conhecido por ser perigoso, muitos deles vivem do turismo e por isso fazem de tudo para que os turistas queiram regressar (nós queremos!). Em Havana vê-se muita miséria, é um povo pobre mas muito rico culturalmente, fomos abordados por algumas pessoas a pedirem para comprarmos alimentos que são racionados pelos cubanos e muitas vezes inatingíveis pelos preços praticados


As pessoas
As pessoas são interessantes e vivem a vida, apesar das adversidades, com um sorriso e boa disposição a toda a hora, fazem-nos relativisar os problemas pois apesar da maioria não poder sair sequer do País, vivem ao máximo com o que têm. Apesar disso, atualmente o povo já é muito virado para o turismo e por vezes dão informações falsas para ganharem um extra por exemplo, dizer que o restaurante onde queremos ir está fechado, dizer que uma determinada praça vai estar em obras no dia seguinte e aquela zona vai estar fechada, que ao domingo o comércio não abre por isso não vale a pena visitar nada mas sim ir fazer passeio de carro... estas foram algumas das ideias erradas que nos tentaram passar mas que começámos depois a perceber que não era bem assim. Em Havana existe pouca internet, a rede é fraca e fora do Hotel têm de se comprar cartões especificos para poder aceder, nós optámos por usar apenas no hotel e foi o que melhor fizemos, assim conseguimos estar mais conectados aquilo que realmente é importante, viver a experiência cultural e o contacto físico com as pessoas. De Havana trazemos as pessoas e toda esta interação pois é isso que fica marcado e nos enche o coração tanto para nos fazer querer voltar. 


HAVANA
ONDE FICAR ALOJADO?
Iberostar Parque Central
Escolher o alojamento em Cuba é fundamental e uma opção errada pode mudar completamente a experiência que têm neste País. Em Havana recomendo o hotel em que fiquei alojada, o Iberostar Parque Central que é atualmente considerado um dos melhores hotéis da cidade por estar localizado mesmo no centro da capital, junto ao Capitólio e de outros pontos turísticos como La Habana Vieja, restaurantes típicos cubanos e os bares imperdíveis La Floridita e La Bodeguita del Medio


O Hotel tem uma decoração bastante bonita, vários locais de lazer ao longo dos pisos e os quartos são acolhedores, limpos, bem decorados e com vista para as várias avenidas em redor. No topo do hotel existe a piscina, jacuzzi e bar com espaços ao longo do terraço onde é possível relaxar nas espreguiçadeiras ou desfrutar de uma bebida e da vista incrível sobre locais turísticos como o Capitólio, o Grande Teatro de Havana e o Museu das Belas Artes. 


Recomendo optarem pelo regime de estadia apenas com pequeno almoço, o que permite experimentarem os pratos típicos cubanos fora do hotel nas restantes refeições. Muitas pessoas têm receio ao nível da alimentação em Cuba, mas neste hotel não tivemos qualquer constrangimento nesse sentido, o pequeno almoço tem bastante variedade e permite uma refeição completa desde os doces aos salgados. Além disso, podem sempre petiscar ou fazer alguma das refeições no bar ou restaurante do hotel, que também tem uma oferta variada.



ONDE COMER?
Paladar Doña Eutimia
Encontrei este restaurante através de várias recomendações na internet e sem dúvida que não desiludiu, porque adorámos! O Paladar Doña Eutimia fica localizado no bairro típico, La Habana Vieja, perto da Plaza Vieja, apenas a 10 minutos a pé do nosso hotel e não foi necessária reserva. A comida é ótima, o atendimento excelente (na linha da simpatia que todos os cubanos nos habituaram), preço acessível e pratos bem servidos. Recomendo como entrada o abacate com lagosta, como pratos principais experimentarem a Roupa Vieja, prato típico cubano que é delicioso e a vaca estufada, sendo que ambos são acompanhados por arroz e feijão preto e bebida claro, o mojito que estava ótimo.


Habana 61
O restaurante Habana 61 fica a apenas a 8 minutos a pé do hotel, mas como era de noite decidimos juntar a experiência de andar de Coco Taxi, um dos tipos de taxi cubanos super engraçado que marca a diferença pelo seu design. Apesar de ter uma decoração menos típica, achámos um restaurante excelente, o serviço é ótimo e a comida estava bastante boa. Neste restaurante recomendo-vos muito as croquetas para entrada e como prato principal Roupa Vieja (ficámos mesmo fãs) e a Lagosta que era enorme e por apenas 6€! As entradas + pratos principais e bebidas (mojito e coca cola) ficou cerca de 15€ por pessoa. Recomendo igualmente o Habana 61 e no regresso para o hotel explorem a zona envolvente que tem vários bares um pouco mais modernos mas que também é muito bonita. 


O QUE VISITAR?
Havana - dia 1:
A nossa aventura por Cuba iniciou-se ao sair do hotel, pois como estávamos situados no Parque Central, onde se encontram carros clássicos de todas as cores possíveis e imaginárias, decidimos fazer o passeio num deles e ver a cidade de forma mais geral. Fomos abordados por vários Cubanos que nos convidaram para o passeio de carro, como esta era uma das experiências que queríamos ter negociámos o preço até que ficou 35€ por pessoa, preço que já tinha visto pela pesquisa anteriormente feita que seria o mais justo e mínimo aceitável. Existem vários tipos de passeios, devem escolher consoante o tempo que pretendem "gastar", no nosso caso como queríamos ver apenas os pontos centrais optámos por 1h e escolhemos o carro cor de rosa choque, bem típico das fotos em Havana. 

Durante o passeio o guia foi partilhando várias dicas, curiosidades e histórias de Havana, foi ótimo para começarmos a entender melhor a cultura e para vermos os pontos turísticos pela primeira vez. A viagem começou ao pé do Grande Teatro de La Habana e do Capitólio Nacional de Cubasituado no Centro Habana, um edifício construído à imagem do Capitólio de Washington D.C, 1 metro mais alto e 1 metro mais largo, para que fosse maior que o mesmo. Seguimos viagem por El Barrio Chino, que nos foi apresentado de forma engraçada pelo nosso guia pelo bairro chinês sem chineses e que apenas é chamado assim pela fachada à entrada. Fomos pelas ruas de Habana Vieja (Havana Velha), passámos no Museu de La Revolución e fizemos a primeira paragem numa Fábrica de Tabaco, bastante antigafundada em 1844. Nesta fábrica haviam imensos tipos de charutos à venda, com preços variados e optámos por comprar os nossos aqui por ser um local fidedigno de acordo com o nosso guia. 


Continuámos a nossa viagem e parámos na Plaza de La Revolución, construída em 1959, esta que é o principal cartão postal de Havana e um local de obrigatória visita. Constitui uma das maiores praças públicas do mundo e é um dos símbolos do regime socialista por ter sido cenário de eventos e acontecimentos da Revolução Cubana. No centro da praça está o Memorial José Martí, criador do Partido Revolucionário Cubano com uma torre de 109m por trás que podem subir até ao topo e usufruir da vista da cidade por 120CUP (optámos por não subir por estarmos no passeio) e atrás os edifícios governamentais do Partido Comunista de Cuba. Aqui encontra-se o Ministerio del Interior, a emblemática escultura em ferro do rosto Che Guevara, um dos principais rostos da Revolução Cubana e insígnia global na cultura popular, acompanhada da frase "Hasta la Victoria Siempre" (até à vitória sempre), o edifício das telecomunicações com a imagem de Camilo Cienfuegos, um revolucionário cubano muito importante, a Biblioteca Nacional José Martí e ainda o Teatro Nacional de Cuba. 


O passeio continuou em Malecón, uma das avenidas mais famosas de Cuba, com 8km de extensão à beira-mar desde Habana Vieja até à foz do Rio Almendares. Nesta zona, que é muito procurada pelos cubanos para passear, namorar ou até mesmo para pescar, passámos ainda pelo Hotel Nacional de Cuba, um dos mais famosos e antigos da cidade.


De regresso à Praça Central, decidimos explorá-la agora a pé, passar junto ao Gran Teatro de La Habana, um dos prédios com construção mais distinta, sede do Balé Nacional de Cuba, e ir até ao Capitólio. Entre casas e carros de várias cores não foi difícil ficarmos apaixonados por esta zona. O Capitólio sem dúvida um dos locais turísticos mais emblemáticos e bonitos da cidade, hoje este constitui a sede da Biblioteca Nacional e Academia Cubana das Ciências e por isso não permite a visita, tendo uma segurança bastante ativa.


Próxima paragem a minha zona favorita de La Habana Vieja (Havana velha). Esta é a parte mais antiga e interessante da cidade, onde se consegue estar em maior interação com a cultura cubana e os turistas se perdem pelas ruelas semelhantes nos melhores bares, restaurantes, locais turísticos e praças emblemáticas da cidade. Fomos para La Habana Vieja sem grandes planos para tentar absorver ao máximo o local e a conhecer de uma forma intimista. Entrámos junto ao bar La Floridita em direção de Calle Obispo, que vai da Plaza das Armas até ao Museu Nacional de Bellas Artes, a rua mais famosa desta zona e por isso, sempre com muitas pessoas locais e turistas. 


Após algum tempo decidimos ir a um local de visita obrigatória em Habana Vieja, o bar/restaurante La Bodeguita del Medio, localizado perto da Plaza de la Catedral. Este bar, com decoração típica cubana, ficou mundialmente conhecido por ser local de visita frequente de várias personalidades conhecidas, como o escritor Ernest Hemingway, Fidel Castro e Nate King Cole que consideravam que este tinha o melhor mojito de Cuba. Aqui podem experimentar o típico mojito enquanto desfrutam do ambiente incrível do bar, maioritariamente com música ao vivo e muita animação ou comer no restaurante que fica no segundo piso, que recomendo a reserva. Este bar proporcionou-nos momentos divertidos, pois experimentámos o nosso primeiro mojito de Cuba, que foi realmente uma boa surpresa (não era de todo fã deste cocktail até visitar Cuba!) e dançámos ao som de uma banda cubana ao vivo, que proporcionou um ambiente muito giro. Foi sem dúvida um dos sítios que mais gostei e senti a vibe cubana.


Continuámos a nossa visita a Havana Velha e fomos em direção à Plaza de la Catedral, onde está situada a Catedral de São Cristóvão de Havana rodeada por vários edifícios barrocos e de seguida à Plaza de Armasque liga o bairro a Malecón e foi construída no século XVI. Aqui tivemos ajuda de um cubano simpático, o Ivan, guia turístico da cidade que nos contou de forma breve qual a história desta praça e dos edifícios circundantes. Junto à extremidade desta praça, que é considerada o coração de Havana, está o Castillo de la Real Fuerza, um forte construído em 1582 para proteger Havana de ataques, mas que hoje em dia funciona como um museu. Ainda nesta praça podem avistar o Hotel Santa Isabel, com uma arquitetura única e vários museus, como o Museu da Cidade, Museu Nacional de História Natural ou o Museu da Navegação.


Antes de continuarmos a nossa exploração fizemos uma paragem para hidratar. Nas ruelas existem imensos locais a vender desde água de côco às famosas piña coladas, que são verdadeiramente as melhores que já bebi. Passámos pela Plaza de San Francisco de Asís, onde estavam cubanas vestidas de forma típica para tirar fotografias e de seguida fizemos uma curta paragem na Plaza Vieja, uma praça colorida com diversas opções de restaurantes, bares, cafés e cervejarias. 


Ao fim da tarde e já com algum cansaço decidimos fazer uma paragem (a primeira de várias) noutro bar/restaurante emblemático de Havana, o El Floridita. Este bar situa-se na Calle Obispo bem perto do nosso hotel e é considerado o berço do daiquiri, um cocktail feito com rum (bebida típica cubana). O bar foi um dos locais favoritos de Ernest Hemingway, o escritor norte-americano que era cliente assíduo e foi um dos responsáveis pela popularidade deste, com a sua frase "Mi mojito en La Bodeguita, mi daiquiri no El Floridita" escrita na parede do bar La Bodeguita del Medio. No bar encontra-se uma estátua em tamanho real do escritor na extremidade do balcão, sendo habitual verem-se turistas a fotografar com a mesma. Aqui podem provar o daiquiri original mas também de sabores distintos como manga, papaia, morango ou outras frutas, enquanto são contagiados pelo ambiente animado, design típico cubano e música ao vivo. Eu fiquei fã do bar no geral, sendo um dos locais que mais gostei em Havana, quanto ao daiquiri apenas custa 200 CUP (menos de 2€) e por isso eu recomendo provarem vários, o meu favorito foi o original, já o Daniel adorou o de manga por se tornar mais doce. 


O dia não poderia ter terminado da melhor maneira, antes de jantar decidimos ir até Malecón passear a pé, a avenida que tínhamos passado no passeio de carro, por este ser considerado um local romântico, ideal para passear à beira mar e ver o pôr do sol.


De regresso ao hotel fomos pelo Paseo del Prado, a avenida que liga o Parque Central a Melecón. Aqui conseguem observar o estilo de vida cubano, pois esta avenida enche-se ao fim do dia de adolescentes em grupos, idosos a jogar jogos de tabuleiro, crianças a brincar livremente, bailarinos a dar aulas ao ar livre e pessoas sentadas a conversar. À noite andámos por Havana Vieja, onde jantámos no restaurante Paladar Doña Eutemia, que vos falei acima e, apesar das ruas serem escuras e darem a sensação de insegurança, percorremos o trajecto de cerca de 10 minutos sem sermos abordados por ninguém, nem sentimos falta de segurança. 


Havana - dia 2:
Após um 1º dia em cheio em Havana, decidimos no 2º dia aproveitar os pontos turísticos com mais calma. O primeiro local que visitámos foi o Museo de la Revolución (Museu da Revolução), que está localizado no Centro Habana e é considerado um dos mais interessantes da cidade. 


Não conseguimos visitar o interior do museu porque este se encontra em manutenção no entanto, no exterior existe uma exposição com entrada paga de 200 CUPs (menos de 2€) com vários meios e armamento usados na Revolução Cubana bem como em outros momentos importantes da história cubana. Existe ainda um pavilhão com um iate de 13 metros de comprimento, inspirado no que foi usado para transportar Fidel Castro e Che Guevara junto de outros 80 revolucionários do México para Cuba em 1956. Na nossa opinião foi uma experiência interessante e vale muito a pena a visita.


Apesar de Havana Velha ter uma grande parte das fortalezas da época colonial, de seguida optámos por alugar um táxi, junto a Malecón, para atravessar o túnel de Havana e fazer um tour por cerca de 12€, pelos pontos turísticos da outra margem da Baía. Começámos por fazer uma curta paragem na Fortaleza de San Carlos de La Cabaña, localizada no Parque Histórico Militar Morro-Cabaña, onde acontece todos os dias às 21h a cerimónia "Cañonazo", uma encenação militar, como acontecia há séculos atrás, onde há o disparo de um canhão em direção a Havana. Desta vez não conseguimos ir à cerimónia no entanto, quando regressarmos será sem dúvida uma das experiências que queremos ter na cidade. Se forem com mais tempo recomendo assistirem, pois todos os cubanos dizem que é imperdível. De seguida fomos ao Cristo de La Habana, uma estátua inaugurada a 1959 por Fidel Castro, que foi construída por uma promessa feita pela esposa de Batista, o presidente da época, se este sobrevivesse a um atentado no Palácio Presidencial. Aqui podem ainda visitar ou apenas ver o exterior do Centro Cultural Casa del Che Guevara, a primeira casa onde este viveu.


Ainda deste lado da Baía, fizemos a última paragem no Castillo del Morro e Faro Castillo del Morro, que permitem uma vista incrível para a outra margem e que podem ou não visitar pois tem entrada paga. Neste local é possível relaxar enquanto se avista alguns dos pontos visitados no primeiro dia em Havana como o Capitólio ou a famosa avenida Malecón. 


Ao regressar a Habana Centro decidimos fazer mais uma visita ao bar El Floridita e descansar um pouco. Já com as energias recarregadas seguimos pela Calle Obispo para Havana Vieja e aproveitámos para visitar uma farmácia típica, que mostra como se de um museu se tratasse, como eram antigamente as farmácias em cuba. De seguida voltámos a algumas praças já visitadas no dia anterior e aproveitámos os últimos cartuxos para interagir com os cubanos.

 



Para terminar o dia fomos de Coco Táxi, uma experiência única e engraçada que recomendo se visitarem Havana, até ao restaurante Habana 61 onde jantámos e depois viemos a pé até ao hotel para usufruir da vista do Capitólio à noite. Na minha opinião 2/3 dias em Havana são suficientes para explorarem bem a cidade e terem uma experiência cultural incrível.

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ROTEIRO RESUMO
2 DIAS EM HAVANA

Dia 1
Passeio de carro típico 
*Fábrica de tabaco
*Plaza de La Revolutión
*Malecón
Capitolio de La Habana
Habana Vieja
La Bodeguita del Medio
Plaza de La Catedral
Plaza de Armas
Plaza Vieja
El Floridita
Malecón
Paseo del Prado
Restaurante Doña Eutimia

Dia 2
Museo de La Revolución
Fortaleza de San Carlos de La Cabaña
Cristo de La Habana
Casa del Che Guevara
 Castillo del Morro e Faro Castillo del Morro
El Floridita
Calle Obispo
Havana Vieja
Restaurante Habana 61
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VARADERO
COMO CHEGAR?
Transfer de Havana > Varadero
De Havana a Varadero são cerca de 2 horas de viagem de autocarro, no nosso caso o transfer foi marcado pela Agência de Viagens. Saímos de manhã do hotel e ao longo do trajecto havia um guia que nos foi explicando a história dos locais por onde íamos passando, a meio fizemos uma paragem para provar a que dizem ser a melhor piña colada de Cuba! Neste trajecto passa-se pela maior ponte do País e usufrui-se da paisagem maravilhosa sobre a natureza cubana. 


ONDE FICAR ALOJADO?
Meliá Internacional Varadero
Tal como referi anteriormente é importante escolher um bom hotel quando se pensa em ir a Cuba, apesar de se encontrarem opções baratas, aqui devem sempre centrar-se nas recomendações até porque há pessoas que têm experiências péssimas por causa da falta de condições hoteleiras ou variedade/comida no hotel. Em Varadero, por recomendação da nossa Agência de Viagens, decidimos ir para o Meliá Internacional Varadero, um hotel 5* com regime tudo incluído e não nos arrependemos. 


O Mélia Internacional abriu em 2019 e o seu estilo é moderno e menos típico do que o hotel onde ficámos em Havana. O hotel foi construído onde estava o primeiro hotel de Varadero o "Hotel Internacional" e além da tecnologia que o marca e design incrível, este tem um total de 946 quartos, restaurantes temáticos, piscinas, cafés, uma discoteca e ainda o "The Level" que incluí algumas regalias e opções exclusivas na estadia. Os quartos são bastante espaçosos, muito bonitos e bem decorados, nós escolhemos o "classic" mas mesmo assim conseguíamos ter vista para o mar da varanda. 


Achámos que o Mélia tem condições boas, apesar de alguns sinais de desgaste da mobilia do quarto (nada demais), ao nível da alimentação é variado (tendo em conta o feedback que tínhamos dos hotéis em Cuba), há sempre uma grande variedade de comida tanto no pequeno almoço como nas refeições principais e bastante limpo e organizado. Ainda ao nível da alimentação, a única parte menos positiva é a falta de opções de bebidas nas refeições principais (água, cerveja, vinho ou fanta de laranja) e das sobremesas. Apesar disso, é importante termos a noção que estamos a viajar para um País com escassez generalizada de alimentos e produtos de higiene, onde pessoas passam horas em filas de supermercado para comprar bens essenciais e muitas vezes não os conseguem. Não devemos ir com as expectativas demasiado altas porque não é comparável ao que vivemos e neste caso surpreendeu-me a variedade do hotel e acesso a tantos produtos alimentares de qualidade. 


Durante a estadia pudemos marcar 2 restaurantes temáticos à escolha entre comida típica cubana, japonesa, italiana e grelhados. Como no buffet havia sempre comida italiana variada, apesar de ser a minha favorita, decidimos experimentar o restaurante japonês e o cubano, e sem dúvida adorámos as nossas opções. Tanto um como o outro tinham particularidades muito boas, a decoração destes restaurantes é linda e a comida ótima. O restaurante japonês surpreendeu-nos bastante porque o chefe estava a cozinhar connosco em redor e era bastante interativo e divertido, foi uma experiência diferente que só acrescentou pontos ao hotel.


O QUE FAZER?
Praia & Piscina 
Foi a nossa primeira vez nas Caraíbas e, apesar de muito ouvir falar nunca pensei surpreender-me tanto com a praia em Cuba. A praia de Varadero, também conhecida como Playa Azul, é conhecida pela sua água cristalina, de temperatura amena e areia branca fina. São 20km de praia paradisíaca repleta de hóteis maioritariamente all inclusive, que tornam este destino perfeito para relaxar em qualquer época do ano. O que mais me surpreendeu foi o mar, a cor é inacreditável e a temperatura perfeita, pois é um dos mais quentes e transparentes onde já estive. Apesar de ter algumas ondas, o mar é calmo e ótimo para passar umas horas e por isso aconselho vivamente também a quem tem crianças a escolher este destino. O resort incluí diversas piscinas sendo por isso, uma ótima opção também para quem não gosta de praia (duvido que se assim for vão para Varadero mas caso vão já sabem). 

Durante o dia há imensas atividades / jogos a decorrer na piscina e um bar onde podem beber tranquilamente a vossa bebida na água. Nós amamos praia e por isso foi lá que passámos a maior parte do tempo, na piscina há um parque infantil ótimo para quem viaja com crianças. De manhã e ao fim do dia, há muitas vezes música ao vivo que vai desde o saxofone, flauta transversal, guitarra ao violino num dos bares "The Level" sobre a piscina, o que cria um ambiente bastante agradável. 


Bares & Espetáculos
No Meliá Internacional o que não falta é animação, durante o dia podem beber uma bebida típica cubana no bar da praia ou qualquer outro dos bares incluídos no hotel (apesar das que bebemos em Havana serem mil vezes melhores), enquanto aproveitam para relaxar com a vista maravilhosa.


Durante a noite existem os espetáculos típicos dos resorts, com elementos de animação super talentosos e noites temáticas que vão desde desfiles, espetáculos de dança, ballet aquático até  à festa na praia que nós adorámos. Depois podem sempre ir até à discoteca do hotel que fica no topo de um dos edifícios e tem um ambiente muito bom. 


Pôr do sol 
O pôr do sol em Varadero é dos mais bonitos que já vi. Uma das recomendações que faço é, tal como nós, ao fim de cada dia terminar a tarde a aproveitar este momento na praia, de forma relaxada a ver aquela paisagem única, pois este tornou-se um dos marcos da nossa viagem.


De forma resumida, Varadero cumpriu na perfeição aquilo que lhe impúnhamos. Um destino com uma praia excelente em que conseguíssemos desligar de tudo e viver no nosso "mundo à parte", divertirmo-nos e descansar. Podem optar por fazer atividades do hotel, que são marcadas lá diretamente, como a visita a Cayo Blanco, uma das mais recomendadas por todos os operadores turísticos. 


Espero que tenham gostado de acompanhar a nossa aventura por Havana e Varadero, que as dicas sejam úteis na preparação da vossa viagem e escolham as melhores opções de Cuba. O balanço desta primeira visita a este País é muito positivo, foi uma viagem marcante e que sem dúvida fica na nossa mente e coração gravada. Cuba é apaixonante, a cultura cubana e as pessoas deixam a vontade de regressar sendo que, da próxima vez queremos também conhecer Cienfuegos, Trinidad e os Cayo Guillhermo. Usem e abusem deste guia completo de Havana + Varadero e encontramo-nos por aí!

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